Ontem, dia 7 de julho, o Google anunciou o lançamento do Google Chrome OS, um sistema operacional feito para facilitar o uso de aplicativos online através do navegador Chrome, já lançado pelo Google anteriormente. Esta perspectiva de um sistema operacional mínimo, extremamente rápido e que viabiliza o uso da rede como plataforma de software é o sonho de vários visionários. Tim O’Reilly, em seu famoso artigo “What is web 2.0”, de 2005, já anunciava a necessidade de usarmos a web como plataforma.
As principais características do novo OS do Google são:
- O sistema é de código aberto (Open Source) e o Google já chamou a enorme comunidade de programadores voluntários para participar do projeto
- Leveza e rapidez (boot deve demorar poucos segundos)
- Extrema facilidade de uso
- Focado, inicialmente, em netbooks (notebooks com pouca capacidade de processamento, feitos para se utilizarem de aplicativos na rede)
- Distribuição prevista para o segundo semestre de 2010.
A iniciativa do Google pode mudar a cara da computação no mundo, principalmente no que diz respeito à característica Open Source do projeto. Uma arquitetura aberta, acessível (tanto em termo de usabilidade quanto de preço do consumidor) e sempre em desenvolvimento é amplamente desejada pela comunidade como um todo.
A grande barreira que há quanto à adoção de OSs Linux é a sua relativa falta de acessibilidade ao público leigo e a falta de softwares compatíveis em vários nichos. Se a plataforma migra para a rede, estas dificuldades passam a ser secundárias e há o real risco do novo OS do Google se tornar bastante popular.
Não há, ao que se sabe, nenhuma iniciativa de outros fabricantes de sistemas operacionais (Microsoft, Apple) em desenvolver um sistema voltado para aplicativos na rede, fora a iniciativa da MS com seu Office Live (pacote de aplicativos Office que rodam na rede).
Resta saber a reação destas duas gigantes com o lançamento de um OS concorrente do Google. Só para levantar um assunto atual: será que o Windows 7 terá sua política de distribuição e preços modificada? Será que o Google é a nova Microsoft, desta vez, baseada na rede?
De nossa parte, damos as boas vindas a mais uma iniciativa de código aberto do Google, que tem o potencial de modificar o jeito como usamos a rede em nosso dia-a-dia. É nossa opinião que algo tão importante como o sistema operacional não deve ser de código fechado… enfim, esperemos pelo melhor.
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